Nossa História

Data de Fundação: 27 de fevereiro de 1944
Direção Atual: Irmã Eliud Nogueira dos Passos
Secretária: Irmã Arcângela Monteiro
Tesoureira: Irmã Maria Adelita Ferreira de Lima

Em meados do século XX, o pároco de Palmeira dos Índios Monsenhor Francisco Macedo, teve como principal meta a instalação de uma Escola Normal para moças, pois constatava-se que havia muita dificuldade para que as mesmas concluíssem seus estudos em Maceió.

Monsenhor Macedo, sabia do trabalho que as Filhas do Amor Divino realizavam em Patos – PB e em contato com Dom Fernando Gomes, Bispo de Penedo solicita a vinda das irmãs e a instalação da Escola Normal em palmeira dos Índios, já que pertencia a Diocese de Penedo.

Na década de 40 na pequena e acolhedora cidade de Palmeira dos Índios encravada no topo da serra, envolvida por uma brisa fria e suave embalando as palmeiras viçosas e verdejantes brota uma semente de esperança e sabedoria: Escola Normal Rural Cristo Redentor.

Partindo de Patos no dia 18 de fevereiro de 1944 um grupo de jovens movidas pela coragem, obediência e fé viaja em direção à terra das palmeiras: Ir. Maria Anunciada Caldas (Surpevisora), Ir. Maria Zélia Nóbrega (encarregada de pedir donativos), Ir. Maria Carmélia Antunes de Souza (professora), Ir. Maria Adelaide Pinto de Queiroz (encarregada do internato), acompanhadas pela Ver.ma. Madre Provincial Ir. Cristina Vlastnik.

A ansiedade e a alegria envolviam um grupo de jovens que pertenciam a uma escola normal leiga, já existente em nossa cidade.A chegada das jovens em Palmeira dos Índios ocorreu no dia 20/02/1944.Além do capelão da comunidade Padre Luís Cirilo, o pároco Cônego Francisco Xavier de Macedo aguardavam ansiosos o encontro da comunidade religiosa. O professor Pedro Teixeira saudou as irmãs em nome de toda comunidade palmeirense, em seguida a Ir. Cornélia usando da palavra fez breve agradecimento, representando a Madre Provincial.No dia 27 de fevereiro de 1944 é oficialmente inaugurado em sessão solene o Educandário Cristo Redentor, com a presença de pessoas ilustres, de nossa terra. Para se entender a origem do nome da Escola Normal Rural “Cristo Redentor” toma-se como referencial as citações bíblicas de (Miq. 5,2 e Mat. 2,6) da Primeira Ata da chegada das Filhas do Amor Divino em Palmeira dos Índios, lavrada em fevereiro de 1944, assinada por Madre Cristina Vlastnik Superiora Provincial no dia 8 de junho de 1945. ”E tu Belém, terra de Judá, não és a de menos consideração entre as principais de Judá; porque de ti sairá o condutor que há de comandar o meu povo de Israel.”Se faz necessário uma analogia: Palmeira dos Índios pequena como Belém, uma entre várias cidades de Alagoas assim como Belém nas terras benditas de Judá, dela havia de nascer um Salvador e Redentor do mundo. Palmeira dos Índios localizada no agreste alagoano conhecida como a terra do amor, devido à existência da lenda que deu origem ao nome da cidade, baseada no amor de Tixiliá (Beija-flor) e Tilixi (Bonito). Encravada no coração do Estado Alagoas, de clima agradável, relevo modesto com regiões serranas, tipicamente acolhedora.

Em sua trajetória registra-se o espírito de luta dos índios que eram exímios guerreiros, a religiosidade marcante sendo refletida na fé e na esperança do seu povo.Subtende-se que a origem do atual Centro Educacional Cristo Redentor esteja referenciada nos versículos da Bíblia já citados: Palmeira dos Índios compreendeu a graça que o Senhor lhe oferecia na perspectiva de um colégio para a juventude feminina, e condignamente se preparou num advento de esforços e sacrifícios, para receber na pessoa dos dirigentes dessa casa o meu Deus, que tão bondosamente lhe agraciava com a mais preciosa dádiva que pode receber um povo – um “Celeiro” onde a criança e a jovem se premunem dos viveres do espírito e da inteligência para a jornada da vida e a execução dos planos divinos. Um grupo de senhoras e senhoritas da sociedade palmeirense, organizaram-se em comissões com a finalidade de conseguir donativos para as dependências da casa, também faziam parte dessa comissão José Pinto de Barros (Prefeito da cidade), José Passos Lima, Aristeu Cavalcante, Professora Ananete Macedo e outros coordenados por Monsenhor Macedo.

A inauguração foi coroada com uma Missa Solene, celebrada pelo Excelentíssimo e Reverendíssimo D. Fernando Gomes, bispo de Penedo, o qual foi responsável pela chegada das irmãs em Palmeira dos Índios através de um pedido feito a surpevisora da época.

No dia 1º de março de 1944 iniciaram-se as aulas do curso primário e normal e neste mesmo dia a Ir. Cristina Vlastnik regressou à casa provincial em Açu-RN. No dia 13 de março a professora e pensionista Nadir Brandão Lima iniciou suas aulas no curso normal e primário, além de atuar na fiscalização do internato. No dia 17 de março teve início o exame de admissão do curso normal. Em setembro do mesmo ano o Educandário Cristo Redentor participou do 1º Congresso Educacional de Alagoas.

No dia 29 de outubro as alunas levaram a Santana do Ipanema um festival de artes e músicas com o objetivo de arrecadar fundos para o Educandário. É importante salientar que esses festivais eram realizados nas cidades mais próximas. O entusiasmo dessas jovens superavam os obstáculos e as dificuldades de acesso para a realização dos eventos, mas a disponibilidade e a abnegação demonstravam o amor e o carinho pelo educandário.

Em 1950 a Madre Anunciada, voltou para assumir a direção da comunidade do Ginásio Cristo Redentor e neste mesmo ano registra-se a conclusão da 1ª turma do Curso Ginasial que foi realizada no dia 08 de dezembro e no dia 15 do mesmo mês aconteceu à formatura das normalistas, nomenclatura utilizada para quem estudava o curso normal. Um fato marcante foi a presença da Madre Anunciada que segundo os dados, tinha como meta fundar escolas e construir mais escolas. Foi consolidado o grande sonho da Madre Leônia que assumiu a comunidade, substituindo Madre Anunciada, finalmente acontecia a compra de um terreno para a construção do Ginásio Cristo Redentor. Foi solicitada a autorização da Superiora Geral para a troca do terreno sendo que o pedido foi logo atendido, pois este último pertencia a prefeitura e era um antigo aviário que passou a ser sede definitiva do Ginásio e Escola Normal Cristo Redentor. Para marcar a grande conquista, foi realizada a bênção solene pelo Bispo Diocesano no dia 13 de setembro de 1950. Um grande desafio estava sendo lançado pelas Filhas do Amor Divino, pois a terra dos Kariri-Xucurus estava sendo agraciada com a construção de uma casa voltada para e educação da juventude feminina palmeirense. Inicia-se a discussão para planejar quais meios viáveis para adquirir fundos e diante disso foi elaborado um projeto solicitando a Caixa Econômica Federal, um empréstimo de Cr$200.000.00 (duzentos mil cruzeiros), com a finalidade de iniciar a construção do novo prédio. A obra teve início, sendo que a verba foi insuficiente, mas a obra continuou em andamento mesmo lentamente até 1958.

Atualmente o Centro Educacional Cristo Redentor é uma Instituição de livre iniciativa privada, pertence a SOCIEDADE EDUCACIONAL FRANCISCA LECHNER classificando-se, conforme lei nº 9.394/56 como escola particular confessional com sede na Av. Deputado Medeiros Neto, 51 – São Cristóvão – Palmeira dos Índios/ AL. O Centro tem por finalidade a ministração da educação básica em três etapas: educação infantil (pré-escolar), o ensino fundamental (1º ao 9º ano) e o ensino médio, respeitando o desenvolvimento e a idade do aluno, bem como as prescrições legais. A educação a ser ministrada no Centro atenderá aos fins da Educação Nacional, subordinando-se aos princípios de liberdade e dos ideais de solidariedade humana que visem à formação do homem para o domínio dos recursos científicos e tecnológicos e ao desenvolvimento integral da personalidade humana, tornando-o um cidadão identificado com o esforço pela unidade nacional e solidariedade internacional, isento de preconceitos por caracteres de raça, classe, convicções político-religiosas ou filosóficas centrado no amor a Pátria, a Deus e a Família.

A classe social predominante é a média baixa, composta de funcionários públicos na sua maioria professores da rede pública como também autônomos proprietários de pequenos negócios. Ainda aparece em uma pequena porcentagem filhos de médios latifundiários da zona rural e ou de cidades vizinhas. Assim, o Centro Educacional Cristo Redentor recebe alunos vindos de várias cidades em um número de aproximadamente 12 municípios do agreste e do sertão.

Vale salientar que os filhos de prefeitos, vereadores e filhos de ex-alunos também compõem o quadro discente.

O trabalho realizado pelo Centro Educacional Cristo Redentor é de grande relevância, pois apresenta-se como um referencial socioeconômico, cultural e histórico, porém o grande destaque fica para o grande diferencial a formação cristã do cidadão, preparando- o como pessoa e profissional.

Apesar de alguns obstáculos o Centro Educacional Cristo Redentor há 79 anos contribui para que não só os jovens de Palmeira dos Índios, mas os de outras cidades tenham uma educação de qualidade, pois se tem como uma das metas a qualidade em 1º lugar. Desta forma, boa parte dos alunos são aprovados nas melhores Universidades, Faculdades e Escola de Ensino Superior do Estado, fato que é justificado quando encontra-se em vários estabelecimentos ex-alunos exercendo cargo de grande relevância no Estado de Alagoas e em outros Estados. Os maiores destaques são: no campo jurídico, na medicina e no magistério (fundamental, médio e superior).